As camisetas Adidas fazem muito sucesso no mundo e angaria também muitos fãs brasileiros, pela sua qualidade, pelo propósito da marca e pela tecnologia empregada no desenvolvimento de peças com alta performance para os apaixonados pela prática esportiva.
O INÍCIO | Anos 20
Muito além de tão somente uma das mais famosas marcas de camisetas esportivas e do nome tradicional, a Adidas tem uma história cheia de bagagem, que se origina nos anos 20 na Alemanha, quando ao regressar da 1° Guerra Mundial, Adolf Dassler, apelidado de “Adi” começou, junto com seu irmão, Rudolf, conhecido como “Rudi”, a produzir seus próprios sapatos esportivos.

Adi iniciou sua imersão no desenvolvimento de sapatos esportivos usando sua própria experiência e sua paixão pelo futebol.
A princípio a cozinha da mãe dos irmãos Dassler era utilizada como fábrica e o processo de produção era inteiramente artesanal. O ano era 1927 quando a então Gebrüder Dassler – Schuhfabrik – Fábrica de Sapatos Irmãos Dassler, começou a prosperar.
Os primeiros produtos produzidos pelos irmãos Dassler foram os calçados de atletismo e chuteiras. Desde o início de sua vida empreendedora, a qualidade era um fator de extrema relevância para Adi e isso era traduzido na produção de seus produtos que ganhavam notoriedade pelo desempenho.

A ASCENSÃO | ANOS 20 – 30
Os esforços e investimento na excelência do desenvolvimento dos seus produtos foram recompensados em 1928, apenas um ano após seu início, quando Adi Dassler viu seus produtos sendo utilizados nas Olimpíadas de Amsterdã.
Nos Jogos Olímpicos de 1932 a marca conquistou seu primeiro ouro olímpico com Arthur Jonath, velocista alemão que no início da carreira esportiva era boxeador e entrou para o atletismo após uma sofrer uma lesão na mão e ser impedido de seguir no boxe.
Foi também quando ficou conhecido entre os alemães como o “sapateiro da nação”.
Adi Dassler era ousado em suas ambições e foi no ano de 1936 que, durante os Jogos Olímpicos, percorreu mais de 500 km da Baviera até Wustermark, na região metropolitana de Berlim, até a Vila Olímpica construída por Hitler, “sim, eram tempos sombrios”, para convencer o corredor norte-americano Jesse Owens a usar os sapatos que ele e seu irmão haviam produzido.
A partir deste momento, Jesse Owens foi o primeiro atleta afro-americano a ser patrocinado pelos futuros fundadores da Adidas.
Nos jogos Olímpicos de 1936, Jesse Owens conquistou nada menos que 4 medalhas de ouro, do total das 56 medalhas conquistadas pelos EUA, (24 de ouro, 20 de prata e 12 de bronze).
O RECONHECIMENTO MUNDIAL | ANOS 30
Mesmo tendo sido a Alemanha a grande campeã com 89 medalhas conquistadas (33 de ouro, 26 de prata e 30 de bronze), não foi suficiente para apagar o feito de Jesse Owens que se destacou como líder em número de medalhas de ouro nos jogos de atletismo, que se destacava como a principal modalidade dos Jogos Olímpicos.
As medalhas de ouro nos 100 metros, 200 metros, revezamento 4×100 e salto em distância, era exatamente o tipo de performance que endossou a reputação dos calçados Dassler e propagou seu nome entre os esportistas do mundo todo.
Em 1937 a empresa já produzia uma gama de 11 tipos diferentes de calçados para a prática esportiva, incluindo patins.
Nem só de calçado se valia a marca dos irmãos Dassler, a precursora da Adidas produzia também camisetas esportivas.
Nesta época, a idealização de camisetas e trajes esportivos adequados que aumentassem a performance atlética começou a ser um vislumbre no horizonte.
Por esta razão, na década de 30, as fábricas começaram a substituir camisas e camisetas antes produzidas com tecido de algodão, por camisetas feitas de malha de algodão, que diferente do primeiro modelo, tem mais brilho e o toque é mais suave.
A DECADÊNCIA | ANOS 30 – 40
Entretanto, os Dassler não ficaram livres da fúria de Hitler que. Assim que a 2° Guerra Mundial começou, o ditador nazista mandou confiscar a fábrica dos Dassler. Mesmo após a retomada do controle do seu negócio, a situação pós-guerra da Alemanha abalou a prosperidade da empresa que vivenciou a escassez de matéria-prima, sendo obrigada a se reerguer em meio aos escombros.
Como toda a história que se preze tem uma separação, nesta não poderia faltar. Em 1947, os irmãos Dassler optaram por seguir caminhos distintos.
Rudolf iniciou uma empresa, chamada originalmente de Ruda (utilizando suas iniciais RUdolf DAssler), que mais tarde seria rebatizada de PUMA.
O RECOMEÇO | ANOS 40
Adolf não ficou para trás e registrou sua empresa como adidas AG (em letras minúsculas em 18 de Agosto de 1949.
Acreditava-se que o nome da empresa seria um acrônimo com as iniciais da frase: All Day I Dream About Sports (Todos os dias eu sonho com esportes, em tradução livre do inglês). Mas assim como fez seu irmão, sua empresa fora nomeada com suas iniciais (Adi, seu apelido e DASsler, seu sobrenome).
NOVOS RUMOS | ANOS 50 – 60
Na década de 50 a marca se popularizou na Alemanha, especialmente pelo fato da equipe Alemã, campeã da Copa do Mundo de 1954 ter sido equipada pelos produtos Adidas.
Em 1962 as famosas listras da marca passaram a ser aplicadas em agasalhos, fazendo a popularidade da Adidas alcançar novo patamar. Neste mesmo ano, a Adidas começa a desenvolver e fabricar bolas de futebol.
FUTEBOL, BRASIL E ADIDAS | ANOS 70
Em 1970 o caso de amor entre o Brasil e a Adidas é oficializado, quando o Brasil conquista o Tricampeonato da Copa do Mundo de Futebol no México, jogando com a bola oficial desenvolvida pela Adidas: a bola Telstar.
Dois anos depois surge outro clássico Adidas: o tradicional chinelo Adilette.
Ainda em 1972 o logo “Trefoil” foi incorporado pela Adidas, numa tentativa de dificultar as imitações da marca.
Durante diversas Copas do Mundo, o algodão foi o principal componente das camisetas dos atletas dos principais times.
Apenas na década seguinte o algodão viria a ser substituído na fabricação das camisetas, isso porque a celulose, que compõe o algodão, retém em média 50% do peso perdido pelo atleta durante a prática esportiva, devido a transpiração. Se ele perde dois quilos correndo, um fica na camiseta.
O FIM DE UMA ERA
Em 1978 o fundador de uma das empresas que já detinha o status de maior desenvolvedora de equipamentos esportivos do mundo, a Adidas de Adolf Dassler faleceu de insuficiência cardíaca em 6 de setembro, aos 77 anos.
Seu filho Horst Dassler assumiu a empresa, aos 42 anos. Horst trabalhava com o pai desde 1960 e ficou à frente dos negócios até sua morte em 9 de abril de 1987.
Um ano antes da morte de Horst Dassler, no méxico, a seleção brasileira estreou na Copa do Mundo com camisetas que não eram feitas 100% de algodão. Iniciava-se então, a era do poliéster.
Apesar de mais leve, o poliéster não era nada confortável. Além da textura menos suave, se comparado ao algodão, o tecido deixava suor retido.
Este problema só foi corrigido na década seguinte quando foram incorporadas às camisetas a tecnologia dry fit.
A ERA PÓS DASSLER | ANOS 80 – 90 – 2000
Em 1989 a Adidas foi comprada por Bernard Tapie, empresário francês que investiu pesado na promoção da marca, contratando, inclusive o maior ícone em ascensão da cena pop da época, Madonna, para promover as linhas de produtos e mudou a produção da Adidas para a Ásia.
Em 1992 após problemas financeiros, o empresário vendeu a Adidas para o banco francês Crédit Lyonnais, o qual processou anos mais tarde por se sentir lesado na transação.
Em fevereiro de 1993, antes de declarar falência, o banco Crédit Lyonnais vendeu a Adidas para Robert Louis-Dreyfus, francês de origem judaica, amigo de Bernard Tapie (e primo de Julia Louis-Dreyfus do seriado de televisão Seinfeld).
Robert Louis-Dreyfus administrou a empresa até 2001.
Enquanto a Adidas passava a se estabelecer novamente no mercado de vestuário esportivo, as camisetas destinadas à prática de esporte, também passavam por aprimoramentos.
A tecnologia empregada no tecido dry fit permitiu que os modelos do início do século 21 fossem mais mais leves e permitissem mais passagem de ar. Uma melhoria que garantia melhor performance e mais conforto ao atletas.
ATUALMENTE
Em agosto de 2005, a Adidas anunciou a compra da empresa Reebok por 3,8 bilhões de dólares, passando a disputar mercado em condições de igualdade com a Nike.
Em 11 de abril de 2006 a Adidas fechou um contrato de 11 anos com a NBA, tornando-se fornecedor oficial de vestuários dos maiores times de basquete do mundo.
No início dos anos 2000 a marca adidas foi avaliada em US$ 3.74 bilhões, pela consultoria britânica InterBrands, ocupando 69° lugar no ranking das marcas mais valiosas do mundo.
Em 2015 a revista Forbs avaliou a Adidas como ocupante da 3° posição no ranking das 10 marcas esportivas mais valiosas daquele ano, com valor estimado de US$ 6,2 bilhões.
A produção da Adidas continua concentrada na Ásia, em 2014, 93% de todos os materiais esportivos vendidos pela marca, foram produzidos em países asiáticos, como China, Camboja e Vietnã.
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